A nossa raposa

É uma cadela.
É ainda uma cachorrinha.














Veio para fazer companhia ao Puki... e faz. Mas também lhe dá cabo do juízo!


Mas é uma raposa... orelhas espetadas, sempre a ver
 o que pode fazer... onde pode morder, o que vai "atacar" a seguir...


Faz disparates de meia-noite - destrói tudo o que apanha, morde o Puki, arranca coleiras a ela própria, deu-me cabo dos sofás, uns quantos livros e tarecos, come tudo o que apanha a jeito (e quando digo apanha a jeito é tudo o que não esteja fechado num armário)...



Mas é uma fofura... docinha, docinha! Meiga, muito meiga, brincalhona, companheira e um amor!





Tempo de balanço

Ora cá estamos, já em 2014.

Tenho sentimentos mistos relativamente ao ano que passou... por tendência digo que "foi mau e só quero que 2014 seja melhor".
E foi mau? Mesmo?
Foi.
Um ano de cortes financeiros atrás de cortes financeiros... sempre a apertar cada vez mais o cinto, e sempre a achar que cada vez mais nos sobra mais mês antes do fim do dinheiro. Mas isto é (quase) geral, certo?
2013 foi um ano marcante, para mim... de descoberta, de caminhada pessoal. Mas doeu. Tem vindo a doer.
Mas com ganhos. Indubitavelmente.
Foi o ano em que entrei em Burn Out: estourei, por assim dizer, e caí fundo... mas levantei-me! A queda foi dura e deixou mazelas. Obrigou a rever toda a vida, todos os padrões de pensamento e sentimento que me fazem ser o que sou (ou o que era).
E o processo foi, no entanto, contraditório em muitos aspetos:

  • lidar com o facto de que as características que faziam de mim uma orgulhosa super-mãe, eram as mesmas que me causavam dor, ansiedade, sofrimento e exaustão, devido ao que estava na base de tudo
  • resolver o meu sofrimento pelo confronto com factos dos quais fugia há anos, precisamente para não sofrer
  • eu, miss assertiva, encarar a minha falta de assertividade em tantos aspetos da minha vida
  • tomar consciência que, apesar de me considerar extrovertida, dinâmica, líder... o era por MEDO
  • perceber e reconhecer que toda a minha eficácia, vontade de ajudar os outros, disponibilidade constante, não advém de características que fazem de mim uma melhor pessoa, mas que antes, eram uma forma de expiar a minha culpa
  • perdoar (a mim e a outros) o que, na realidade, não tem razão que justifique a necessidade de perdão 

Este processo de lidar comigo própria, teve custos e ganhos. Mais ganhos do que custos.
Então... repita-se a pergunta:
2013 foi assim tão mau?
Foi.
Mas também foi, em muitos aspetos, mais bom do que mau. Porque foi conhecimento. Porque foi crescimento. E crescer, dói.
Tenho, portanto, que balancear o ano de 2013 com referência a tudo o que trouxe. E a todas as pessoas que foram cruciais no processo - a minha mãe, a A.M., o prof. P.C., as minhas filhas e o P.

Que 2014 seja a continuação deste processo.
Que continue a apaziguar-me comigo própria.

Bom 2014!


Um cachorro por um bebé...

2 de outubro de 2013
 
Fiz um negócio... há uns tempos.
 
As filhotas (e, na verdade, o pai) andavam com vontade de fraldas, chupetas e noites sem dormir.
Vai daí, decidem começar a "chagar-me" para um (ou dois - isso, então, seria bestial! - para eles, claro!) babys...
A "pressão" durou meses, por parte das princesas. Queriam um nenuco real para brincar. Se fossem dois, então seria PERFEITO! Um para cada uma...
Passaram semanas a pedirem para darmos beijinhos (santa inocência!) porque queriam um mano ou mana... "Então? Vocês não se beijam? Andem lá!"
 
Eu, que sempre disse que só iria ter UM filho. Eu que (felizmente) fui abençoada com duas (que é para aprender a estar calada e não achar que controlo tudo), e pensei "pronto! Deus é que sabe e decidiu que ías ter 2 - de uma vez, que é para não te armares em espertinha"... e "decidi" que ficávamos por aqui.
Tinha uma ânsia enorme de dar todo o meu amor, tudo de mim, às minhas filhas. De me dedicar a 100% (às vezes, quase sempre, a 200%) a elas e que achava que não podia/devia ter mais filhos. Não tinha esse "direito" porque ía estar a "roubar" atenção, mimos e conforto às minhas princesas. Um medo que me acompanhou durante todo o crescimento delas. Queria (e quero) que se sintam especiais, amadas, sempre acompanhadas... mas fi-lo em exagero. Hoje sei disso. Na altura (e até há pouco tempo atrás) não sabia. Por isso, não queria mais filhos. Elas chegavam-me. E queria que elas me tivessem todinha só para elas. O medo de virem os ciúmes... o medo de se sentirem em 2º plano com a vinda de um bebé... enfim! Eu sei. Podem chamar-me todos os nomes em que estão a pensar. É uma ideia estúpida, palerma, sem sentido.
Mas eu ERA assim. Eu PENSAVA assim. Eu SENTIA assim.
 
E mesmo assim, aqui me confesso, cheguei a vacilar. Cheguei a começar a sentir o bichinho da maternidade novamente em mim... a vontade de ter uma super-barriga outra vez. De ter um(a) (ou dois) pequerrucho(s) nos braços - aqueles mimos e momentos que tive com as minhas princesas em bebé, e de que tantas saudades tenho. Adorei estar grávida (gorda, enorme, inchada - mas a sentir-me a mulher mais bonita do mundo!), adorei ser mãe, desde o 1º segundo, sem receio de tratar delas, disposta (e exigindo) a ser eu a fazer tudo desde o 1º dia! Adorei estar com elas em casa, 9 meses inteirinhos, dedicada SÓ a elas! E tudo isto, com tanta pressão, começou a deixar-me com "desejos" de ser mãe outra vez... comecei a pensar no assunto.
 
Mas fui atacada pelo lado racional - as coisas não estão fáceis. Estamos em "tanga" há séculos... num esforço tremendo e uma ginástica financeira inacreditável (digna de Jogos Olímpicos!)... Como é que eu podia pensar em ter outro filho? Como esticar ainda mais a corda para dar tudo o que dei e dou às minhas princesas? Financeiramente, iria ser um rombo... nos 1ºs meses, o dinheirão em fraldas, toalhitas, leites, etc... nos seguintes, mais uma mensalidade de colégio a pagar... Depois, ainda por cima, corro sérios riscos de voltar a engravidar de gémeos! Então, todas as despesas, a duplicar!
Depois, comecei a lembrar-me das noites sem dormir... de andar "meia grogue", sem ter bem a noção das horas do dia e da noite... Comecei a pensar que hoje em dia vou com elas para qualquer lado e elas já andam e correm sozinhas... são autónomas em tanta coisa... ter que voltar ao início outra vez?! Ai!... Se calhar ía ser uma canseira. Provavelmente, estava a ser tonta em sequer ponderar a hipótese de mais um baby (ou 2)... o desejo começou a diminuir... ou melhor, a ser "esmagado", "calado", "contido" por estas considerações racionais. Eu própria a convencer-me que seria uma loucura.
 
Foi então que fiz um negócio: um cãozinho em troca do pedido de bebés! Arranjávamos (mais um) cãozinho, pequenino, do qual elas iriam cuidar, dar colinho e miminhos... e deixavam de pedir bebés!
"Mas porquê?", ainda perguntaram. Ora, porquê... porque tenho 2 filhas e passamos a ter 2 cães. Já chega! Não cabe mais ninguém cá em casa!
 
Negócio fechado!
 
Já temos o 2º cãozinho, que acabou por ser uma cadela... é bebé (tem 2 meses e meio) e... NÃO ME DEIXA DORMIR DE NOITE! (Podem rir-se à vontade... até eu me rio.) Quer companhia. Chora, ladra, uiva! Às 3h, 4h, 5h da manhã...
Para não perturbar o sono das meninas, tenho sido eu e o pai a ocuparmo-nos desta tarefa noturna. Mas o pai esgotou a paciência! Quando está com sono, quando o acordam, fica "transtornado"... então, agora sobrou só para mim!
 
Quis "libertar-me" de um bebé... e arranjei uma bebé chorona, que só está bem com companhia! Hoje tive que dormir no sofá, para que a "senhora" Baixinha se calasse e ficasse a dormir - das 3h às 7h!
 
Começo a questionar a escolha que fiz... ou isto muda, ou a "cachopa" nova se habitua e começa a entrar nos ritmos cá de casa, ou damos em malucos! De certeza!
 
Conhecem o nome de algum santo dos cães? A ver se faço uma rezinha pela minha "bebé"! Pleeeeaaaase!
 
 
 

A chuva... a saudade...

Este fim-de-semana fomos "brindados" com a chuva. Mais que q.b., diria eu.
Não gosto de chuva. Apesar daquela ideia romântica da chuva a cair lá fora e podermos estar no quentinho, no aconchego... não gosto. Sou do sol! Preciso do sol!
A chuva traz-me nostalgia, acentua a saudade, fecha-me mais em mim.

Mas não tive escolha... foi mesmo no aconchego que estive o fim-de-semana todinho! Sem sair de casa...

Com pinturas



by Mariana









by Leonor

e docinhos trazidos pelo maridão...




As coisas vulgares que há na vida... não deixam saudades.
Só as lembranças que doem ou fazem sorrir...
Há gente que fica na história, da história da gente...
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir!

São emoções que dão vida à saudade que trago...
Aquelas que tive contigo, e acabei por perder...
Há dias que marcam a alma e a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste... não posso esquecer!

A chuva molhava-me o rosto, gelado e cansado...
As ruas que a cidade tinha, já eu percorrera
Ai, meu choro de moça perdida gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva há instantes morrera!

A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade...
E eis que ela bate no vidro, trazendo a saudade!

(Fado cantado pela Mariza)

A mãe também tem direito a... (descubram!)

Pois então... claro que uma mãe também tem direito aos seus momentos de lazer... a fazer algo para si. Por si.
Nisto, devemos todos concordar. (Não?)
É verdade que nem sempre conseguimos (eu, então, tenho uns anos de défice para recuperar). Mas estou determinada a mudar. Vou "cuidar de mim", sem CULPAS!
Mereço. Sei que mereço, embora muitas vezes ponha isto em dúvida... as culpas... sempre as culpas... os remorsos... o achar que é egoísmo... que estou a "abandoná-las" para fazer algo por mim.
Mas elas estão mais crescidas, e também precisam de perceber que tenho sido "galinha" em excesso... que não podem ficar permanentemente protegidas debaixo das minhas saias.
Há momentos em que elas próprias reclamam uma certa independência. Mas também há os outros - sabem por "onde me apanham" e jogam, emocionalmente, fazendo-me sentir que sem mim ficam horrivelmente mal - dramas próprios de 2 miúdas bem espertalhonas e mimalhas!
Mas como estou (quase) decidida e determinada a mudar... já começo a aprender a não ceder a estas chantagens - mais frequentes, atualmente, pela Leonor.

Ora, aqui há dias, ía sair, depois do jantar. Combinei um cafézinho com amigas... daqueles encontros de ladies, para pôr a letra em dia, rir, partilhar... chorar, se for caso disso!
Que 4 grandes mulheres: deixamos os filhos e lá fomos sair à noite, livres e desimpedidas!

Bem, antes de sair de casa, chamo as miúdas para me despedir, e sucede-se o seguinte diálogo:
- Meninas, venham dar um beijinho à mãe, porque vou sair.
L- Sair?!... Vais sair?
- Sim, vou.
L - Outra vez?
- Outra vez?!... Até parece...
L- Mas onde é que vais?
- Vou tomar café com uma amigas!
L- O quê? Tomar café com umas amigas?!...
- Sim. Porquê? Não posso ir tomar um café com as minhas amigas?
M- Sim, Leonor! A mãe não pode ter assim uma noite louca de teenagers, com as amigas dela?
- Noite louca de teenagers? Que queres dizer com isso?
M - Olha, assim, sair para curtir com as amigas... falar dos rapazes, assim tipo "olha aquele é tão giro!"...
- Mariana, tens noção que eu sou uma mulher casada?
M - Pronto, está bem... falas do pai, então!
- Ah!... Só se for...
M - Sim... contas às tuas amigas que ele é preguiçoso... que não faz nada...
- Olha que falamos dessas coisas... dos maridos e assim...
M - A sério? Vocês contam essas coisas umas às outras?!...

Parece-me que a M achava mais piada à sugestão dela. Sair com as amigas para falar sobre os maridos... onde está a piada disso?


P.S.: Obrigada, amigas! Estava num dia tãããão mau... fiquei bem!


4º ano

Meu Deus! Já estão no 4º ano... as minhas pequeninas... as minhas bebés minúsculas, frágeis, tão minorcas... já são finalistas do 1º ciclo!!!

Preparadinhas para o emocionante 1º dia de aulas deste ano!

Rever os amigos e amigas...


 Rever a professora...

O que vos desejo para este novo ano letivo é:
- mais que sucesso académico, sucesso de desenvolvimento pessoal
- mais que boas notas e classificações elevadas, que se mantenham com o vosso coração enorme e generoso
- mais que "estrelinhas" de bom comportamento, que sejam sempre educadas, mas bem-dispostas
- mais do que serem as melhores da turma, darem sempre o vosso melhor
- e, acima de tudo, que sejam FELIZES!


Novo ano letivo...

Mais um ano letivo se iniciou... 4º ano! God! Já são "finalistas" do 1º ciclo!
Este ano com algumas mudanças:
- adotamos mais um membro para a nossa família: a "Baixinha", uma cadelinha que vem fazer companhia ao nosso "Puki"!




- como não ando no meu estado normal (o 5º andar resolveu dar que fazer e ando "esgotada"), iniciaram frequência de uma sala de estudos. Vamos ver se ajuda a aliviar os nossos stresses diários com os TPCs...

- decidiram desistir do ballet. Queriam outro tipo de dança... mais mexida, "mais na moda"... lá foram experimentar Funky e adoraram!