Fístula Branquial

Janeiro/Fevereiro 2008
As anomalias da primeira fenda branquial constituem-se em um grupo especial de malformações congênitas na região cérvico-facial. São raras mesmo entre as anomalias branquiais, com incidência variando entre menos de 1 até 25% destas. Muitas teorias foram propostas para explicar o surgimento das anomalias branquiais, sendo a mais aceita aquela que sugere uma involução incompleta do aparato branquial.
Objectivo: Identificar as formas de apresentação anatômica e clínica destas anomalias, bem como avaliar os métodos de diagnóstico e tratamento utilizados. Material e método: Revisamos os prontuários de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para anomalias da primeira fenda branquial no período de Janeiro de 1991 a Dezembro de 1999. Resultados: Foram identificados 11 pacientes, sendo 4 do sexo masculino e 7 do sexo feminino. A idade ao diagnóstico variou entre 8 e 66 anos, com média de 22,3 anos. Quanto às formas de apresentação anatômica, 7 manifestaram-se na forma de seio, 3 como cistos e apenas um como fístula. A queixa mais freqüente foi a de episódios de infecções prévias com drenagem de secreção periauricular (72,7%). Todos os pacientes foram tratados cirurgicamente, com índice de recidiva de 27,2%. Nenhuma outra complicação foi observada. Conclusões: A forma mais freqüente de apresentação em pacientes que requerem tratamento cirúrgico é a de seios periauriculares com episódios repetidos de eliminação de secreção purulenta. Infecções recorrentes e drenagens cirúrgicas prévias dificultam o tratamento cirúrgico e favorecem as recidivas.
Mais comentários para quê?... A Leonor tem uma fístula branquial e terá que ser operada!

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