GÉMEOS NA NEVE

Março 2008

Sábado, dia 29 de Março, fomos ao nosso 3º encontro de gémeos, desta vez, na Covilhã. (O 1º foi em 2006, no Portugal dos Pequenitos - com famílias de gémeos do nosso grupo do yahoo, e 0 2º foi em 2007, em Óbidos - o 1º Encontro Nacional de Gémeos).

Este ano o encontro foi fantástico! Aqui vos deixo uma breve "reportagem" (mas preparem-se porque vai fazer um bocadinho de inveja!):
Nós (família Gonçalves) fomos no sábado bem de manhã (às 8h30 estávamos a caminho) e fomos com as miúdas até à "torre", bem no cimo da serra, para ver se apanhávamos neve... e apanhámos! Estivemos lá quase 2 horas, com a *****, o marido e os tri, e divertimo-nos imenso!... As miúdas adoraram!!! Deitavam-se no chão só pelo prazer de estarem a "esfregar-se" na neve, mexiam com as luvas e observavam a neve a derreter-se nas mãos... fartaram-se de andar de "trenó", e não tiveram medo absolutamente nenhum - mesmo quando os trenós viravam e elas caíam e rebolavam um bocadinho na neve! Foi uma experiência nova, muito agradável, muito positiva, mas também muuuuuito cansativa... mas, sem dúvida nenhuma, a repetir todos os anos! Eu, que nunca fui, por assim dizer, muito fã de neve, fiquei completamente rendida, só pela alegria que vi nas minhas princesas! Gostava de descobrir aventuras assim emocionantes e cativantes para elas todas as semanas!...




Depois fomos ter com os outros pais de gémeos, que esperaram pacientemente pelos "turistas" que foram para a neve... o local foi excelentemente escolhido pela organizadora (obrigada, mais uma vez). Um restaurante que mais parecia uma quinta... com bastante espaço interior, com uma mesa enorme para os miúdos poderem fazer actividades (sim, porque a organizadora pensou em tudo e até estava lá uma educadora que se apetrechou de jogos, folhas, lápis, etc. que ía entretendo as crianças)... depois ainda havia uma fantástico espaço exterior para onde os miúdos foram brincar depois do almoço e até à hora em que viemos embora. Resumindo: o almoço foi muito agradável, deu para conhecer mais algumas "famílias", para trocar experiências, etc... tão agradável que durou até às 19h00! Se marcassem outro para a semana, estaria lá de certeza, não fosse a questão da falta de t€€€€mpo !

Como ficamos no hotel, jantamos na companhia da ***** e respectiva família, e depois do jantar a organizadora e família juntaram-se a nós para um cafézinho e mais uns bons minutos (horas) de letra!... O hotel tinha uma sala de actividades para as crianças o que também foi muito bom... fartaram-se de brincar, correr, saltar, subir e descer escadas... até estarem todos quase a cair para o lado de tanto sono e cansaço!...

No domingo de manhã, ainda tentamos ir ter com a neve outra vez, mas... estava mau tempo e só deixavam passar carros que tivessem correntes, pois parece que lá para cima estava a nevar! De maneira que voltamos para trás e regressámos ao Porto - fartei-me de tirar fotos ao céu nublado e aos montes, durante a viagem! E claro... às princesas mais lindas do mundo inteiro! E arredores!

Exemplo a seguir?...

Março 2008

Que tipo de exemplo queremos ser para os nossos filhos?

Aqui e agora me confesso: nem sempre sou um bom exemplo a seguir... muitas vezes perco a calma (e com isso a razão), e nem sempre sou tão tolerante quanto podia - isto entre muitas outras coisas, já que não sou perfeita, nem enquanto mulher, nem enquanto mãe!

Este vídeo deixou-me a pensar... vou tentar mantê-lo presente na minha memória (e por isso o coloco aqui) para ir repensando as minhas atitudes diárias!

São amigas ou zangam-se muito?

Março de 2008



Esta é uma pergunta que me fazem muitas vezes... acho que é a curiosidade natural que se sente em saber como é o comportamento dos gémeos, especialmente se é igual ao das outras crianças ou se existem particularidades... e claro que existem, ou nem se falaria tanto dos gémeos! E uma dessas particularidades tem exactamente a ver com a relação que se cria entre eles.

Falando do caso das minhas filhas, nitidamente não vivem uma sem a outra!... Basta uma estar 2 minutos calada num qualquer canto da casa, que a outra vem logo perguntar onde está a irmã... e pede para a ajudarmos a procurar porque não sabe dela... perdeu-a! Adoram brincar juntas e fazem, de facto, muita companhia uma à outra. Também se defendem mutuamente (desde que isso não implique acusarem-se a elas próprias)... como quando ralho a uma e a outra diz logo «Oh, mãe! Não fales assim à Mariana/Leonor porque ela fica triste e chora», ou «Estás a ralhar à minha mana?... Não se ralha!». São muito amigas, sim senhora... passam a vida a dizer que se adoram (mas usam a expressão "gostar muito"), brincam às mães e às filhas, às donas e aos gatos bebés (nova moda desde há uns 2 mesitos para cá), às doutoras e às doentes, ou então ao pai e à mãe... e até se vão entendendo quanto à alternância destes papéis, tirando o papel de pai que dá sempre origem a mais confusão, porque são as 2 muuuuito femininas e nenhuma quer fazer de homem!... ;)
Como costumam dizer-me: «é muito bom porque têm sempre a companhia um do outro», e «nunca brincam sozinhos», e «não precisam tanto da atenção dos pais, porque se têm um ao outro», blá, blá, blá...

Mas agora, num exercício que tem algo de novo para mim, vou tentar ver as coisas de uma outra perspectiva - nitidamente, porque estarei a passar uma daquelas fases em que me sinto mais cansada e por isso consigo ver alguns aspectos menos positivos e maravilhosos no facto de ter gémeas (perdoem-me minhas queridas filhas! A mamã anda mais cansadita e vocês, às vezes, parece que querem mesmo dar comigo em doida!). Bom, mas prosseguindo o tal exercício novo e até tentanto pôr-me na cabecita das minhas filhas e falar por elas, por aquilo que acho que ainda nem têm consciência, mas que devem sentir em alguns instantes das vidas delas (ainda que muito breves instantes):
«Sim, é bom ter a companhia do outro, é muito bom... mas tem que ser "sempre"?! Nunca posso brincar sozinha, sem ter a outra ao lado, a querer brincar comigo, ou simplesmente a ocupar o espaço onde eu queria estar SOZINHA? Não posso ter a mãe ou o pai só para mim, sem a outra vir logo reclamar também o seu pedaço de atenção?»

Pois... É muito bom serem duas! É verdade. Sim, não nego... quem sou eu?... Aliás, confirmei-o ainda agorinha, mas também há o outro lado... Não precisam tanto da atenção dos pais?... Talvez não peçam a toda a hora aos pais para brincarem com eles, talvez se entretenham às corridas um atrás do outro, ou a jogar a qualquer outra coisa... mas, e as vezes que os pais têm que intervir porque estão aos gritos (daqueles gritos em que sabemos que há pelo menos um ferido)?! A quantidade de vezes que somos chamados para resolver quezílias devem ultrapassar a quantidade de vezes que seríamos chamados para brincar se só tivessemos um... o tempo dispendido até pode ser menor, mas o stresse e cansaço psicológico, nem vos digo, nem vos conto! Isto, para além da supervisão constante que nos exigem (pelo menos as minhas exigem) porque estão sempre a inventar asneiras novas para fazer... e incentivam-se uma à outra no disparate! «Anda!... Anda!... Vamos fugir... vem aí a mamã! Corre, mana, corre!» (gritado no meio de gargalhadas, depois de alguma asneira que me pôs os cabelos em pé). Enfim... uma casa cheia de vida, é o que é!...
Só que, às vezes, o dia-a-dia (ainda por cima de uma educadora de infância) já é bastante "cheio de vida" e apetecia chegar a casa e ter uma vida assim só meio-cheia!... Tarefa algumas vezes complicada quando se tem um filho, muitas vezes complicadíssima quando se tem 2 filhos, quase sempre complicadíssima quando se tem gémeos e, digo eu, completamente impossível quando se tem as MINHAS filhas como filhas-gémeas!...
P.S.1: Apesar desta resmunguice toda, não queria que elas fossem de outra forma! Não trocava a minha vida tão cheia de mãe destas 2 pestinhas por nada deste mundo!
P.S.2: Amo-vos muito filhotas!

Recuperação da Cirurgia

3 de Março 2008
A recuperação continua a correr muito bem... até agora sem dores! Hoje já foi à escolinha e esteve bem... só fez um ligeiro chorinho, de tarde, quando acordou porque o penso estava a descolar-se e ela devia estar assustada... mas vieram logo chamar-me (eu estava mesmo na sala ao lado numa reunião) e tirei-lhe o penso... aí choramingou um bocadinho porque deve ter custado um pouco a "arrancar" da pele e também porque o pescoço parece estar "pisado" e portanto se calhar está um bocadinho dorido... mas passou logo... agora só tem os tais pensos de que o cirurgião falava, que parecem umas tirinhas de fita-cola... já pode molhar aquela zona - o que quer dizer que já pode lavar o cabelo, mas sem esfregar. De resto, anda como se nada fosse - ainda hoje estive a apreciá-la no recreio, depois de almoço, e rebolava no chão, corria, brincava... enfim, tudo normal!
Na próxima semana (em princípio dia 11) vamos ao cirurgião, para ele ver como está a evoluir...
Quanto a mim, sim, estou mais calma, mas não esqueci... ainda falo muito do que se passou... era completamente desnecessário e alterou o meu estado de espírito! Mas quando for à consulta vou tornar a "descascar" no cirurgião - a culpa até pode não ter sido dele, mas depois de saber que eu não autorizava a cirurgia sem assistir à anestesia, ele bem podia ter vindo ao quarto conversar comigo e evitar aquela "cena" toda! Mas enfim...

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Cirurgia de remoção da Fístula Branquial da Leonor

01 de Março de 2008
Já passou!... A cirurgia parece que correu muito bem (diz o cirurgião que tem quase 99% de certeza que removeu tudo) e ela está a recuperar muito bem!
Só foi pena um "incidente" inicial que quase me fez cancelar toda a cirurgia... ou melhor, eu cancelei e já estava preparada para voltar para casa... então não é que não me queriam deixar entrar com ela para ser anestesiada?!?!... Depois de eu ter frisado tanto que essa era a minha única condição... que queria estar com a minha filha até ela adormecer! Foi-me garantido que podia entrar com ela! Era para isto que eu estava psicologicamente preparada, e o próprio cirurgião me disse que achava que eu devia estar com ela até ela adormecer! E chega ao minuto de entrar no bloco e dizem que não posso?!... Passei-me! Completamente!... Agarrei nela, disse que não havia mais cirurgia nenhuma, que me ía embora e não voltavam a ver-me lá... que isto não se fazia!... Voltei para o quarto e o cirurgião voltou logo a seguir a pedir desculpa que era um "tal" enfermeiro-chefe do bloco, blá, blá, blá... mas que lhe tinha dito que se não me deixasse entrar não tornava a operar lá mais ninguém (não sei se terá sido bem assim, mas está bem!)... e lá me trouxeram a "vestimenta" para eu ir com ela! Só que, claro... esta situação toda alterou completamente o meu estado de espírito... Fiquei super-nervosa e nem sei como é que a Leonor se conseguiu manter serena na mesma e não chorou ao entrar no bloco!... Entramos, então às 9h35m... sentei-a na cama/maca e puseram-lhe aqueles autocolantes onde ligam os fios da máquina que faz a monitorização dos batimentos cardíacos. Depois foi a parte "dramática"... quando lhe colocam a máscara... esta parte é muuuuuito angustiante e acho que tão cedo não me esqueço do sentimento que vivi ao longo daqueles breves minutos que pareceram uma eternidade! E vê-la a "perder os sentidos" também não é nada agradável... porém tenho a certeza absoluta que tudo aconteceu de forma muito menos angustiante para ela por eu ter estado lá! Bom, mas antes das 9h45 ela estava anestesiada e eu estava a sair, e começou a operação. Às 10h45 estavam a trazê-la de volta ao quarto... estava a acordar da cirurgia! Esta parte também custou um bocadinho... mas felizmente foram só uns 10 ou 15 minutos... depois ficou muito calma, muito sossegadinha, a ver TV... às 11h50 trouxeram-lhe chá e bolachas (estava faminta!) e já estava mais arrebitada. Fartou-se de comer e recuperou logo todas as energias... queria levantar-se da cama, ir para o chão brincar com a irmã... mas ainda estava com o catéter do soro, pois queriam ver como ela reagia depois de comer... reagiu muito bem, e por isso às 13h15m a enfermeira veio-lhe tirar o catéter para irmos embora - eu estava cheia de medo que ela fosse chorar para tirar aquela quantidade toda de fita adesiva na mão e no dedo indicador... e ainda mais quando lhe tirassem o catéter... mas não! Portou-se lindamente!... Sempre a conversar com a enfermeira, a deixar fazer tudo... e ía dizendo a Mariana «Tu não magoas a minha mana, pois não? Tu és ámiga dela... e ela não chora!». Voltamos para casa e ainda comeu frango assado, batatas fritas e bolo de chocolate! Lanchou 2 taças de cereais com leite e ainda 2 ou 3 bolachinhas húngaras... e dizia o cirurgião que se calhar ela estaria enjoada, e que não déssemos nada muito pesado para comer porque ela nem teria vontade... foi o contrário! Até agora, graças a Deus, está muito bem... não inchou, não se queixa de dores nenhumas!... Oxalá continue assim!

Eu... estou de rastos! Esta noite não dormi nada bem... sonhei a noite toda com a Leonor... sonhei que a tinham raptado!... Passei a noite numa aflição tamanha, num sofrimento horrível... (era o meu inconsciente a funcionar, a revelar o medo da cirurgia).
Quando acabámos de almoçar tivemos esperança que elas quisessem descansar um pouco... mas qual quê?... Dormitaram um bocadinho (mas uma de cada vez), e não deu para descansar... eu ainda tentei dormir um pouco, mas eram 18h30 e a situação da "não permissão para entrar no bloco" não me saía da cabeça... fiquei mesmo muito perturbada!... Sinto que agora preciso de "des-stressar", sabem como é? De "descarregar"... de "descomprimir"!...
Oxalá esta noite de sono seja melhor que a anterior!
E oxalá a recuperação da minha princesa continue de "vento em popa"!...