É para isto que andamos a criá-las?!...

Novembro 2006

Primeiras palavras da Mariana, hoje ao acordar da sesta:
«Vem aí o paínho Tônio e a madinha Mata!»
Deve ter sonhado com eles, de certeza absoluta!...
E anda uma mãe a criar as filhas com tanto amor e carinho, para depois ter destas surpresas! ;)

Consulta dos 2 Anos

Novembro 2006



Lá fomos, ontem, à consulta de rotina dos 2 anos... veio mesmo a dar jeito ter sido marcada para esta semana, porque elas andavam cheias de tosse, muito "ranhosinhas" e a Leonor fez febre 3ª e 4ª feira (o que quer dizer que não fui trabalhar 4ª, 5ª e 6ª, que é hoje). O pediatra diz que estão com uma "adenoidite", cheias de 'porcaria' na garganta... Resultado: antibiótico Clavamox e Zyrtec para as 2!
Quando lhes viu os ouvidos... até se assustou - aliás, coisa que acontece desde que elas são bebés - elas têm tendência para acumular a cera lá dentro, só que desta vez parece que o panorama estava pior... o pediatra ainda tirou alguma coisa dos ouvidos da Leonor (que ficou muito queixosa desde essa altura), à Mariana nem lhe mexeu... Resultado: marcar consulta de Otorrino com urgência porque precisam de limpar a cera (podem inclusivé estar a ouvir mal). Claro que já está marcada: na 2ª feira, às 18h, lá vamos nós levá-las a uma sessão de "sofrimento".... (a mãe também sofre!).
Entretanto, há cerca de 1 mês atrás a Leonor tinha andado queixosa das costas - coisa que se arrastou por cerca de 3 semanas (queixava-se 1 ou 2 vezes por dia e apontava para o fundo das costas)... a certa altura fez um febrão enorme e chamamos o médico a casa que mandou recolher urina para análise... o resultado foi "normal", mas o pediatra, ontem mandou repetir as análises e também fazer uma ecografia renopélvica para saber se ela terá ficado com alguma lesão nos rins (isto, se é que ela chegou a ter alguma coisa!)... Resultado: mais um exame para fazer (também já está marcado: sábado de manhã).
Falamos ainda ao pediatra acerca do "sopro" que ele diagnosticou à Mariana, logo na consulta dos 15 dias... é que na altura ele disse para não nos preocuparmos, que era um "sopro inocente", que não havia problema nenhum e que se ele a certa altura achasse que era preciso ser avaliada, nos encaminharia... bem, a verdade é que fiquei descansada, e não me tenho preocupado com isso, só que, ultimamente tenho houvido falar de vários casos em que foram diagnosticados "sopros inocentes", mas que estão a ser vigiados em cardiologia - e claro está, comecei a sismar com isto («será que não há mesmo razões para me preocupar?», «e se não for assim tão "inocente" quanto isso?», «se estes casos andam a ser seguidos, será que a Mariana não devia estar também a ser seguida?», etc., etc., etc.). Então, falei nisso ao pediatra e ele disse que não tinha conseguido avaliar a situação porque ela chorou o tempo todo que ele esteve a examiná-la e assim era impossível ouvir qualquer sopro!... Como percebeu que eu andava com "macaquinhos" na cabeça, achou melhor mandar fazer avaliação da situação, e mandou fazer às 2! Resultado: marcar 2 ecocardiogramas (também já está marcado - isto é que é eficiência - para 3ª feira, dia 5/12).
E agora "aligeirando" mais a conversa que mais parece um "receituário" de exames... de resto, está tudo óptimo! Elas continuam a crescer bem, estão bem desenvolvidas e não há razões para preocupações (se esquecermos toda a parafrenália de exames a fazer!).
A Mariana pesa 11.800Kg e a Leonor 11.600Kg (esta diferença, que pode ir de 100 a 300 gr. tem sido uma constante desde que nasceram!)
Quanto à altura: a Mariana mede 88cm e a Leonor 88.4cm (engraçado que esta diferença de altura, que pode ir de 0.4 a 0.8 cm entre elas, também tem sido uma constante, mas só desde há um ano atrás).
Aproveitei para perguntar ao médico o que ele tinha para nos dizer quanto ao uso das chupetas... e sabem o que ele disse? Até aos 3 anos, não há qualquer problema! Eu ainda lhe disse que já não lhes dava chupeta durante o dia, que só punham para dormir, mas ele ainda me respondeu: «Mas dê... dê, porque as acalma e não tem problema!». Mas acho que não vou dar... não as noto stressadas por causa disso... se algum dia estiverem a pedir muito, pronto! Lá darei, mas "por dá cá aquela palha", não... pode não lhes fazer mal, mas bem também não fará, e se calhar quanto menos dependentes delas estiverem, mais fácil será para as deixar!
Finalmente, falamos ainda com o pediatra sobre a questão "mono ou dizi?" e ele vai ligar na 2ª feira à tarde para o Instituto de Genética para se informar de como funcionam estas coisas de Testes de ADN, etc...
E foi assim a nossa consulta de rotina dos 2 anos (imaginem se não fosse simples rotina!)... UFA!

Mono ou Dizi?

Novembro 2006


Pois é... esta coisa dos gémeos tem que se lhe diga. Olha-se para uns e vê-se logo que são gémeos (chapadinhos um do outro) e olha-se para outros que nem parecem (tipo: um versão loira, outro versão morena!). No caso da Leonor e da Mariana, tem sido assim:
- Ai que giro! São gémeas! E são mesmo iguaizinhas!... Estas não enganam - vê se logo que são verdadeiras!
- Mas não são... (dizem os pais)
Pois... e aqui é que a porca torce o rabo (que raio de expressão... mas que se aplica, aplica!)!
Já há algum tempo atrás, apanhei assim "pelo ar", no meio de uma mensagem no grupo de gémeos, qualquer coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha (mais uma expressão jeitosa!)... mas lembro-me que fiquei em dúvida porque me pareceu que alguém disse que apesar dos seus rebentos serem de placentas diferentes, eram monozigóticos (os vulgos "gémeos verdadeiros"). Ora isto vinha contra a informação que eu tinha até ao momento: se existem placentas diferentes, são gémeos dizigóticos (vulgo "gémeos falsos" - para mim são tão verdadeiros como os outros, por isso prefiro chamar-lhes gémeos fraternos ou dizigóticos). Mas até há bem pouco tempo atrás, não tinha ainda conseguido obter informação mais detalhada sobre este assunto, por isso passei a responder ao comentário referido acima com qualquer coisa como:
- Pois, mas olhe que não... pelo menos foi o que sempre nos disseram os médicos! Elas tinham placentas diferentes, por isso acho que não são gémeas verdadeiras!...
No entanto. ao que parece isto não é assim tão "trigo limpo, farinha Amparo"... (hoje estou numa de expressões corriqueiras, está visto!)

Quando, em Março de 2004 engravidei de GÉMEOS foi, claro está, uma surpresa! Não sabia que tinha gémeos na família, mas tinha (a minha bisavó era gémea de um rapaz, portanto a minha trisavó é que teve gémeos... e desde essa geração mais ninguém teve gémeos na família). E a sorte grande saiu-me a mim! Fiquei felicíssima ao saber que estava grávida de gémeos, especialmente porque o encarei como uma forma de Deus me compensar pela perda extremamente dolorosa que tive na 1ª gravidez! E o Pedro, então... nem se fala! Desde que começamos a namorar que ele dizia que nós íamos ter gémeos (porquê?!?!)... claro que ninguém ligava ao que ele dizia e ele era "gozado" (no bom sentido, claro!) por toda a gente, por isso imagina-se como ele ficou quando a obstetra lhe disse «Olhe para o monitor... quantos vê? Tem 2 saquinhos! São gémeos!»...
Mas, adiante… soube que estava grávida de gémeos às 6 semanas e havia (como já referi) 2 saquinhos... mais tarde comprova-se que têm placentas diferentes, e logo, toda a gente me diz que são gémeas "falsas" (nome que, volto a repetir, eu não aprovo... quando muito "gémeas não idênticas" ou "gémeas fraternas", mas o melhor mesmo é dizigóticas para as fraternas, e monozigóticas para as idênticas)... e assim foi até há bem pouco tempo... porque, pelos vistos não é bem assim... E vou citar um livro que acabei de ler hoje (Danças com Gémeos, de Maria Clara Paulino): «...ao contrário do que por vezes se ouve dizer, a existência de 2 placentas não indica, necessariamente, estarmos na presença de gémeos dizigóticos.» Claro que se os bebés são de sexo diferente, desvanecem-se quase a 100% as dúvidas... aí serão dizigóticos, mas as minhas princesas são do mesmo sexo! Pois é... e como se pode saber? Se eu ainda estivesse grávida, pedia à obstetra que, findo o parto, examinasse a placenta e a enviasse a um médico patologista para verificar se existe 1 ou 2 córions – uma das membranas que constituem a placenta (se só há 1, são monozigóticos, se há 2 podem ser mono ou dizigóticos - e neste caso, tem que se fazer análise sanguínea!). Mas eu já não estou grávida!... Agora resta-me um teste de ADN que estou a pensar seriamente em fazer às minhas pequenitas... mas talvez não para já... não as queria submeter a uma recolha sanguínea, mas logo vejo!... Hoje temos consulta no pediatra delas e vou falar sobre isso com ele e pedir-lhe a opinião! A verdade é que elas são muito parecidas fisicamente... mesmo a família mais chegada as confunde, e toda a gente comenta "elas são iguaizinhas!!!"... e é importante saber se são mono ou dizigóticas porque isso tem repercussão no desenvolvimento delas, na relação que estabelecem entre elas e na forma como interagem com o mundo. Claro que para mim, elas são bem diferentes e eu nunca as confundi, mas "mãe é mãe"!... E até o pai, de vez em quando, se engana! De forma que eu gostava de tirar a dúvida! Vamos ver o que diz o pediatra!

Tenho cá um "feeling" que elas são dizigóticas, mas nunca se sabe... e pelo que tenho lido, é preciso ter algumas preocupações mais cuidadas com o desenvolvimento da personalidade dos gémeos quando estes são monozigóticos, principalmente no que diz respeito ao processo de individualização... para além disto, em questões de saúde também pode ser importante saber se são mono ou dizi (se por exemplo, um dos gémeos manifestar diabetes, é provável que o outro, sendo monozigóticos, também venha a manifestar a doença), e é por isto que gostava de ter a certeza! A ver vamos, se algum dia conseguirei desvanecer as dúvidas!...

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Biberons e Chupetas

Novembro 2006
Este post vem no seguimento de uma "conversa" com amigas do grupo de gémeos, acerca da altura mais indicada para a "largada de biberons e chupetas". Assim, a minha opinião (e aquilo que vou vivendo com as minhas princesas) é mais ou menos assim...


Em relação ao biberon:
As minhas pequenas deixaram-no bastante cedo... por volta dos 18 meses. Na verdade, elas nunca foram muito amantes de leite... lembro-me de falar sobre isto com o pediatra quando elas tinham 4, 5, 6 meses e ele me dizer que achava que elas recusavam era o biberon e não o leite... e mandou-me experimentar dar o leite com uma colher de café... só que, na realidade, não era muito funcional dar 200ml de leite, a duas bebés, com uma colher de café!... De maneira que mal elas começaram a beber bem a água pelo copo e pela garrafa, quando começaram a ter destreza manual suficiente para segurar num copo sem o entornar ou deixar cair, eu comecei a dar o leite pela caneca! E agora bebem muito bem!... E nunca mais viram um biberon à frente delas! O que facilita muito as coisas - acabaram-se os minutos perdidos a lavar e esterilizar biberons!


Em relação ao leite:
Na consulta dos 12 meses, o pediatra das minhas filhas disse que já poderiam começar a beber leite de pacote... até aí sempre beberam o leite de lata, comprado na farmácia (no nosso caso era o Novalac). Nesta consulta (que já vai há um ano) o pediatra disse que o "leite bom" seria o leite gordo, como o da Agros, mas para eu nem sequer pensar em comprar desses leites "crescimento" e afins, pois era tudo publicidade e não eram mais ricos que os outros (curioso como as opiniões variam de médico para médico, não é?) Ele disse-me que se eu quisesse dar um "leite óptimo", em vez de um "leite bom" deveria continuar com o leite de farmácia por mais um ano!... E assim o fizemos... durante algum tempo, mais precisamente enquanto usaram biberon. Mas como quase não bebiam nada, pareceu-nos um "crime" estar a gastar mais de 10 euros por semana em leite de farmácia, que acabava quase todo na banca da cozinha! E por isso, mudamos para o leite gordo, da Agros. Ora simples, ora com cevada, ora com chocolate... E até agora, tudo tem corrido muito bem!


Em relação à chupeta:
Ai, ai... aqui o assunto é bem mais delicado... mexe com a parte emocional dos nossos rebentos, logo... mexe com a nossa parte emocional!!!
Até aos 18 meses, as minhas filhas andavam sempre com a chupeta agarrada à roupa (com aquelas correntes) e punham e tiravam quando bem lhes apetecia. Excepto no infantário, em que a partir dos 12 meses, mais ou menos, só lhes davam para dormir... e quando eu as ía buscar, elas pediam logo a "pépé" e vinham o caminho todo a chuchar... mas quando começou a aproximar-se o verão eu deixei de lhes dar a chucha mal as ía buscar... tentava distraí-las, levava brinquedos no carro e só se começassem mesmo a chorar é que lhes dava (mas deixei de lhas pôr presas à roupa com a corrente). Quando acordavam de manhã, assim que largassem a chupeta a 1ª vez, eu escondia-as e, lá diz o ditado "longe da vista, longe do coração", como não as viam, não se lembravam tanto delas... e foram-se desabituando de andar sempre com a chucha. A partir de Setembro deixei mesmo de andar com chupetas fora de casa... nem no carro, nem na mochila, nada (a não ser que tenhamos que sair em horas que apanham a sesta delas)! Habituaram-se que a chupeta é só para dormir e só a reclamam nessa altura. Agora, quando acordam, de manhã ou depois da sesta, já sabem que para sairem da cama têm que lá deixar a chupeta! No infantário, elas estão na sala dos 2 anos e a maior parte dos meninos da sala já nem faz a sesta de chupeta... elas são das mais novinhas e ainda a querem para dormir( e desconfio que a vão querer por muito tempo!), mas já disse à educadora delas que se achar que elas ficam bem sem a chupeta, por mim, pode experimentar! (Mas ela também acha que elas ainda não estão preparadas!) .
Quando penso que, qualquer dia destes vamos ter que passar pelo processo da "separação da chupeta" definitivamente... até me dá uma "coisinha má"!... Deve-lhes custar tanto!!! E a nós também... vê-los a sofrer... deve ser muuuuuuuito difícil... mas acredito que tudo há-de correr bem... e acima de tudo, temos que pensar no bem deles(as)!
Deixo-vos aqui partes de um artigo que a educadora das minhas filhas entregou aos pais na reunião de pais, acerca deste assunto... para reflectir:

«Lembre-se que a sucção é um acto instintivo que assegura a sobrevivência do bebé....»
«Na verdade, o chuchar é um comportamento que oferece conforto e segurança, por isso deve ser encarado como uma fase natural do seu desenvolvimento.»
«A maioria das crianças abandona espontaneamente a chupeta por volta do 2º ou 3º ano de vida, mas também pode acontecer que o seu filho se afeiçoe de tal forma à "amiga inseparável" que seja necessário recorrer a algumas artimanhas para o ajudar a deixá-la.»
«...o ideal é mesmo começar a tirar a chupeta antes de o bebé fazer 2 anos, para que, de forma gradual, ele se vá habituando a estar sem ela...»
«Não é boa hora para tirar a chupeta se o pequenote estiver a passar por alguma situação nova, como a entrada na escola, a mudança de casa ou o divórcio dos pais. Para que a retirada não seja traumática, deve obrigatoriamente ser levada a cabo com muitas precauções e sem nunca recorrer a medidas drásticas, que só poderão agravar o problema. (...) Os pais devem ser os 1ºs a dar apoio, a transmitir segurança e respeitar as necessidades dos filhos; por isso, está completamente fora de questão fazer desaparecer a chucha do dia para a noite.»
«Se o seu filho demonstrar um pouco de ansiedade, fizer algumas birras, ou acordar mais vezes durante a noite, não há razão para alarme. Tudo isso é normal e, geralmente, dura pouco tempo.»
«...é natural que até aos 3 anos ele reclame a chupeta para dormir.»
«O uso prolongado da chupeta pode ser altamente prejudicial para a saúde oral do seu filho. Apesar de proporcionar conforto, estimular a sucção e o aleitamento, facilitar a digestão e favorecer a musculatura oral, a chucha compromete a fala da criança e prejudica a estética bocal. (...) A utilização prolongada da chucha produz a deslocação do maxilar superior para a frente, fazendo com que, ao fechar a boca, fique um espaço vazio entre os incisivos superiores e inferiores, que não chegam a juntar-se.»

E assim vos deixo, por agora...